terça-feira, 17 de maio de 2011

Fluxo

O espantalho vivia num mundo muito diferente deste, sem dúvidas. Não havia pessoas, construções, animais, ou florestas. Apenas uma gigantesca superfície coberta por um gramado, uma grande casa de madeira, e o sol, com uma face um tanto quanto cartunesca.

Os 'dias' no mundo do espantalho se arrastavam, e só terminavam quando o sol se cansava de proferir impropérios e de ressaltar como a vida é triste. O espantalho achava divertido observar o sol, e se via como um ser com mais elegância e esclarecimento, se comparado àquele ser tão ignóbil.

Mas toda existência está sujeita ao imprevisível, e o imprevisível, como uma matilha de lobos, fez daquele mundo sua presa.
O espantalho mal podia enxergar. O que havia acontecido com o sol? Olhou para o alto, e viu, pela primeira vez, o sol de olhos fechados. O espantalho tentou compreender o motivo, mas simplesmente não fazia sentido! Decidiu culpar a melancolia sem fundamentos.

Mas e agora, como se passariam os dias? O que fazer para não enlouquecer, se o tempo era fluido? A sanidade de que o espantalho se orgulhava sem dúvidas desapareceria.

Um comentário:

  1. Muito bom esse aqui!!
    Soh que esse daqui eu acho que entendi entao tem que melhorar... =D ahahahhahahaha
    tenho pena do espantalho... NOSSA ISSO PODIA SER UM JOGO!!

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